Focos de incêndio crescem 249% comparados a 2023. Segundo o Inpe, fumaça modifica a paisagem de Manaus
A região Amazônica está enfrentando um aumento significativo de queimadas desde o início de agosto, com um crescimento alarmante de 249% em comparação com o mesmo período de 2023, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Até o dia 12 de agosto, foram registrados 3.043 focos de incêndio no Amazonas, mais que triplicando os 1.220 focos observados no mesmo mês do ano anterior.
As queimadas intensificadas estão ocorrendo em meio a uma severa estiagem, agravando ainda mais o clima seco que predomina na região. A fumaça resultante desses incêndios está afetando severamente a qualidade do ar em Manaus, onde a situação é descrita como crítica, com impactos significativos na saúde pública e na visibilidade.
Especialistas apontam que, embora o desmatamento tenha diminuído, os incêndios florestais pioraram, provavelmente influenciados pelas condições climáticas adversas. As brigadas do Prevfogo/Ibama estão ativamente combatendo os incêndios no sul do Amazonas, com equipes em várias localidades. Apesar desses esforços, ainda há uma necessidade urgente de mais recursos e apoio para efetivamente combater e prevenir futuras queimadas.
O município de Tabatinga registrou a pior qualidade do ar no Brasil na noite de 12 de agosto, com índices classificados como perigosos pelo Air Quality Index. Esse cenário se repete em várias cidades da Amazônia, colocando o Brasil entre os países com pior qualidade do ar no mundo naquele momento.
Os impactos dessas queimadas não são apenas ambientais, mas também sociais e de saúde, com várias cidades do interior do Amazonas declaradas em estado de emergência devido aos efeitos combinados da seca e da poluição do ar. A situação é tão grave que a Defensoria Pública do Estado do Amazonas solicitou uma intervenção federal para enfrentar a crise.
As previsões para os próximos meses não são otimistas, com expectativas de continuidade da estiagem e aumento dos incêndios, o que pode resultar em mais episódios de fumaça intensa e degradação ambiental na região.
Para mais informações sobre a situação atual e as medidas tomadas, acesse o portal Amazônia Real.